Valença, originalmente denominada de Contrasta, foi povoada e fortificada no início do séc. XIII pelo rei D. Sancho I. Em 1217, D. Afonso II outorgou-lhe a carta foral, sendo em 1262 renomeada, repovoada e refortificada por D. Afonso III, tornou-se uma das fortalezas mais importantes do Minho tendo o seu complexo amuralhado, devido à sua importância estratégica e comercial, sido objeto de intervenções manutenção e restauro ao longo dos sécs. XIV a XV. As obras no reinado de D. Manuel I, destinadas a adaptar a fortaleza ao novo armamento baseado na pólvora (pirobalística), dotaram-na de uma couraça e de uma barbacã com artilharia, como está representada nos desenhos de Duarte d’ Armas.
O reforço no seu papel na defesa da passagem do rio Minho durante a Guerra da Restauração levou à construção de um novo complexo fortificado, de forma abaluartada, aproveitando as estruturas medievais anteriores.
Esta fortaleza distinguiu-se ao longo da sua História pelo seu papel de bastião militar da defesa da independência de Portugal. Hoje é um espaço aberto, espaço de passagem e de convivência transfronteiriça, sendo a sua feira, desde o período medieval até aos nossos dias, um ponto de encontro privilegiado para trocas comerciais entre as gentes dos dois lados da fronteira desenhada pelo rio Minho.
Valença merece a sua vista por muitos e bons motivos, para chegar, estar ou partir, em descoberta do património cultural, histórico e natural em todas as direções apontadas pelos seus baluartes e revelins.
Sabia que…
Contrasta era o nome primitivo do burgo e que foi o D. Afonso III que lhe atribuiu o nome de Valença, a quando do seu repovoamento em 1262, provavelmente em homenagem à valentia dos seus habitantes?